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Fábio Câmara promete implantar o VLT e critica uso de '21 milhões' para o aniversário de São Luís

Candidato do PDT também falou sobre meio ambiente, educação, dentre outros temas. Confira a entrevista na íntegra. Fábio Câmara, em entrevista ao Bom Dia...

Fábio Câmara promete implantar o VLT e critica uso de '21 milhões' para o aniversário de São Luís
Fábio Câmara promete implantar o VLT e critica uso de '21 milhões' para o aniversário de São Luís (Foto: Reprodução)

Candidato do PDT também falou sobre meio ambiente, educação, dentre outros temas. Confira a entrevista na íntegra. Fábio Câmara, em entrevista ao Bom Dia Mirante Reprodução/TV Mirante O Bom Dia Mirante realiza entrevistas com os candidatos à Prefeitura de São Luís. Nesta terça-feira (10), o entrevistado foi Fábio Câmara, do PDT. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Maranhão no WhatsApp Fábio Câmara tem 51 anos, é natural de São Luís, possui ensino superior incompleto e já foi vereador na capital por dois mandatos, sendo um temporário ao assumir a vaga de Ivaldo Rodrigues, em 2022. O ex-vereador já tentou ser prefeito de São Luís em 2016, pelo PMDB, mas não foi eleito. Atualmente, Fábio é empresário e atua como uma das lideranças do PDT, em São Luís. Durante a entrevista a Clóvis Cabalau, Vanessa Fonseca e Carla Lima, o candidato falou sobre saúde, transporte, meio ambiente, dentre outros temas. Confira abaixo a entrevista em vídeo e em texto: Fábio Câmara, candidato a prefeito de São Luís, é entrevistado no Bom Dia Mirante Pergunta: No seu programa de governo, o senhor coloca que o senhor tem uma meta em relação ao IDEB, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, e diz que é de 5,5. Mas uma cidade como Sobral, a nota lá é quase 8. Não é muito baixa essa sua meta, candidato? - O bicentenário da Proclamação da República estabeleceu que nós teríamos que atingir a média 6,0. São Luís tem 4,4. São números terríveis, inimigos da população. Nós vamos, sem dúvida nenhuma, resolver esse problema e no final dos quatro anos nós vamos estabelecer e conseguir essa meta de 5,4. Pergunta: Ainda falando sobre educação, candidato, no seu plano de governo o senhor disse que 25% dos alunos terão ensino em tempo integral, caso o senhor seja eleito. Mas o senhor não acha também que 25% é um percentual baixo? - Mas, para quem não tem praticamente nada, nós vamos dar os primeiros passos. Uma administração precisa ser planejada e nós estamos planejando para que possamos chegar nessa meta de 25% e aí avançar. Dia por dia, ninguém consegue resolver tudo de uma vez. A administração pública precisa ser planejada, nós estamos planejando e, se Deus quiser, vamos trazer os alunos para a sala de aula e conseguir essa meta. Não somente da educação em tempo integral, mas colocar os alunos na sala de aula. Esse é o nosso grande desafio. Nós temos 12 mil alunos fora da sala de aula. Crianças que não sabem, não vão saber. Escrever suas histórias e contar seus dias. E aí eles com certeza a referência não será o estudo e sim as drogas e nós vamos perder essas pessoas. Pergunta: Candidato, eu confesso que eu tive um pouco de dificuldade de visualizar a sua proposta sobre o VLT, veículo leve sob trilho. Como é que vai se dar a ligação entre os bairros, até porque é um modal muito caro. O senhor pretende concretizar isso e explica melhor como vai funcionar essa proposta. - Nós falamos para uma metrópole. São Luís tem mais de um milhão de habitantes e nós só temos um modal. O governo federal, através do presidente Lula, ele está fazendo um estudo para que nós possamos implantar o VLT, o BRT e os trens. O VLT, por exemplo, nós vamos tirar ele do galpão e vamos sair da zona rural de São Luís, lá da estação Mandubé, da Estiva, porque a bitola métrica já existe. Nós vamos colocar na malha ferroviária transnordestina e vamos sair da estação Mandubé, lá da Estiva, vai chegar até Araracanga e nós vamos chegar até Piçarras e ligar ali no porto. Dali nós vamos vir na Avenida dos Portugueses. Chegando na Avenida dos Portugueses, nós vamos interligar com o terminal da integração que nós temos aqui e vamos ter um terminal multimodal. São Luís não pode ter somente um modal. Quando nós paramos para pensar, nós só temos o rodoviário. A população só se dá conta disso, desse prejuízo grande, quando nós temos as greves. Aí passa a se pensar em outro modal. Nós vamos implantar o VLT porque o VLT, na nossa gestão, vai sair do galpão e vai atender as pessoas. Pergunta: Com recursos federais, no caso? - Não necessariamente. Caro é quando tu faz um show e tu faz um aniversário de São Luís de 21 milhões. Isso é caro para a população, e a população não tem o direito de ir de vir. O nosso desafio é devolver para São Luís a cidade para os cidadãos e cidadãs. As pessoas não têm direito à cidade. Quando as pessoas não têm direito de ir e de vir, elas não têm direito à cidade. Se você parar para pensar, tem bairros em São Luís que não têm ônibus no final de semana. São pessoas negras, são pessoas que não têm oportunidade, e infraestrutura, direito de ir e de vir, todo cidadão tem. Pergunta: Ainda nessa questão da mobilidade urbana, mesmo o senhor oferecendo outros modais, em São Luís tem o modal atual que custa mais de 7 milhões em subsídio por mês aos cofres públicos e que não funciona, mas existe um contrato que foi feito em uma licitação. Como vai resolver o problema de transporte que são os ônibus aqui na capital? - Primeiro nós vamos acabar com esse sistema de catraca. Eu lá atrás falei do VLT e fui super criticado e hoje é o assunto na tela. Nós vamos respeitar o direito das pessoas, a linha do desejo. Por exemplo, hoje no alternativo, que nós precisamos regularizar isso, 60 mil pessoas usam o transporte alternativo e nós vamos implantar o alternativo na área Itaqui-Bacanga, na Zona Rural 1 e na Zona Rural 2. Imagina que nós temos 6 mil pessoas que trabalham no alternativo. Essas pessoas estão na clandestinidade. As pessoas só vivem na clandestinidade quando não tem jeito. O maior sentimento que o ser humano tem é o sentimento de sobrevivência. Ele precisa lutar pela sobrevivência. Quando eu regularizar o transporte alternativo, automaticamente eu tiro essas pessoas da margem do desemprego. Eles vêm para o centro. Sai 6 mil pessoas da margem do desemprego. Vamos priorizar o transporte de massa. Essa gestão nossa, ela vai cuidar da mobilidade, não somente a mobilidade ativa, mas também da mobilidade automotiva. Nós precisamos fazer em São Luís transporte de massa para a nossa população. O nosso povo não tem direito de ir e vir. Imagina que uma pessoa, dentro do sistema público de transporte, esconde seu celular nas partes íntimas. O prefeito de São Luís nunca andou de ônibus. Este ano nós tivemos aproximadamente 260 assaltos dentro do sistema público de transporte. Sabe quem foi a maior vítima? As mulheres. Sabe quem é assediado dentro dos ônibus? As mulheres; e é para vocês, mulheres, mães como minha mãe, irmãs como minha irmã, que nós vamos fazer uma administração segura, que você possa ter esse direito de ir e de vir. Pergunta: Falando agora sobre saúde, candidato, na sua proposta o senhor diz em diluir a demanda reprimida na saúde. Quando a gente fala de demanda, a gente está citando demora para marcação de exames, realização de consultas, hospitais lotados, cirurgias também, filas longas, entre outros problemas. Como o senhor pretende fazer isso? Quatro anos são suficientes? - Nós vamos resolver porque eu fui gestor metropolitano. São Luís precisa ser planejado. Nós precisamos entender a nossa população própria, a região metropolitana e macroregião. Nos preparar para receber esses pacientes. Temos o programa Fila Zero. Nós vamos acabar com a Fila Zero porque nós vamos acabar com essa fila e vamos zerar essa fila. Porque nós vamos, sem dúvida nenhuma, contratualizar com a rede privada no período da noite, quando essas clínicas estiverem fechadas. Nós contratualizamos e vamos acabar com essa fila, priorizando as pessoas. Porque de fato tem pessoas que hoje esperam seis meses para fazer uma ressonância. Consultas eletivas, as pessoas tem mais de dois anos esperando. Administrar para São Luís é cuidar das pessoas e a saúde é nossa prioridade. Pergunta: Candidato, meio ambiente. O senhor fala de um incentivo para as pessoas que preservarem os nascentes dos rios. Como vai ser esse incentivo na prática e que nascentes são essas? O que você pode falar sobre isso? - Nós não podemos administrar São Luís sem pensar na cidade do conhecimento, a UFMA. A UFMA tem a estratificação desta cidade. O que aconteceu no Rio Grande do Sul ultimamente, acabaram com uma cidade, um estado, em 11 dias, porque não preservaram, porque não cuidaram do meio ambiente, porque não cuidaram da nascente. Nós precisamos cuidar do nosso meio ambiente e nós vamos identificar essas nascentes, estratificar e incentivar a própria população a cuidar disso, porque o maior beneficiado é a nossa população. Pergunta: Como será esse incentivo? - Esse incentivo nós vamos oferecer para eles um bônus, uma ajuda para que essas pessoas possam cuidar dessa nascente, um estímulo, através do ganho social. Pergunta: Candidato, eu vou voltar para a saúde, porque a gente já até falou isso aqui de fórmulas mágicas, né, e parece que o que o senhor apresentou para a gente aí parece mais uma fórmula mágica, mas quando ganha, diz que falta recurso e que as condições são precárias, atender todo mundo. O senhor tem certeza que tem condições de resolver o problema da saúde? - O caro é nós perdermos a vida do ser humano. Quanto é para você perder o parente? A gente não mede com uma régua, a gente não estratifica, a gente não monetiza. A saúde é cara, mas o nosso ganho é social. Quando nós fomos gestor público de saúde, você tinha a sensação que estava num hospital particular, e é isso que nós vamos fazer, cuidar das pessoas. Caro é 21 milhões de um aniversário de São Luís, e no Socorrão não tem uma medicação. O aparelho de ressonância não funcionar. Isso é caro e nós vamos resolver porque nós sabemos a necessidade, porque o meu pai morreu no socorrão buscando ajuda e assim que a maioria das pessoas vivem. Pergunta: Candidato, o senhor tem 30 segundos para suas considerações finais - Eu quero agradecer a você e dizer que está nas suas mãos. São Luís nunca teve um prefeito que andou de ônibus, que estudou escola pública, que perdeu o próximo querido no hospital e que veio do interior e homem preto. Com estas mãos você constrói todos os dias a sua história e essa história pode ser mudada com as suas mãos sabendo que nós precisamos de uma oportunidade para administrar nossa cidade, oportunidade esta que eu tive lá atrás como serviço gerais, me transformei neste homem que sou. Um abraço.